Área de identificação
tipo de entidade
Pessoa
forma autorizada do nome
Haity Moussatché
Forma(s) paralela(s) de nome
Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras
Outra(s) forma(s) do nome
identificadores para entidades coletivas
área de descrição
datas de existência
1910-1998
história
Nasceu em 21 de fevereiro de 1910, em Smirna (Turquia), filho de Isidoro Moussatché e Sarina Hazan, tendo imigrado com a família para o Brasil quando tinha três anos de idade. Em 1933 formou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro. No ano seguinte, ingressou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) como estagiário. Por não receber nenhum tipo de remuneração, em 1935 se transferiu para a unidade que a Fundação Rockefeller mantinha no campus de Manguinhos, destinada à produção de vacina contra a febre amarela. Dois anos depois, foi contratado como assistente técnico do IOC, onde também exerceu as funções de biologista e professor. Além disso, chefiou a Seção de Farmacodinâmica e Quimioterapia (1954-1956) e a Seção de Fisiologia (1959-1964). O interesse pela fisiologia surgiu durante o curso de medicina, a partir das aulas ministradas por Álvaro Osório de Almeida. No IOC, trabalhou com Miguel Osório de Almeida, desenvolvendo pesquisas sobre fisiologia e farmacologia comportamental, reação anafilática em animais de laboratório, propriedades farmacológicas de frações de venenos de serpentes, reatividade de músculos lisos e estriados, e produtos naturais originários de plantas. Em 1942 realizou estudos sobre predisposição a convulsões e à concentração de um fermento no cérebro, no Laboratório de Fisiologia do Instituto Biológico de São Paulo. Em 1948 defendeu tese de livre-docência intitulada "Ação do gás carbônico nas convulsões experimentais", na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. A convite de Darcy Ribeiro fez parte do grupo de trabalho que planejou a criação da Universidade de Brasília (1959-1960). Em 1970, com nove pesquisadores do IOC, teve seus direitos políticos suspensos e foi aposentado compulsoriamente pelos Atos Institucionais 5 e 10, episódio denominado "Massacre de Manguinhos". Em virtude disso, foi trabalhar na recém-criada Universidade Centro-Ocidental Lisandro Alvarado, de Barquisimeto (Venezuela). Nessa instituição, além de colaborar para o desenvolvimento das atividades de investigação cientifica, foi professor, chefe da Unidade de Pesquisa em Ciências Fisiológicas e presidente do Conselho de Pesquisas e Serviços. Ao retornar ao Brasil, no ano de 1985, foi convidado para reorganizar o Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica do IOC, uma vez que essas áreas de pesquisa estavam extintas desde a época da sua saída da instituição. Além de ter aceitado o convite, trouxe Tito Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti para auxiliá-lo nessa missão. Trabalhou vários meses sem remuneração até conseguir uma bolsa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico. Em 1986 foi reintegrado ao quadro de funcionários da Fundação Oswaldo Cruz, e deu continuidade às atividades desenvolvidas no Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica. Foi membro da Sociedade de Biologia do Brasil (1941), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (1948), da Sociedade Internacional de Toxicologia (1953) - todas na qualidade de fundador -, da Academia Brasileira de Ciências (1953), da Academia de Ciências de Nova York (1959), da Federação Mundial de Trabalhadores Científicos (1959), da Associação Venezuelana para o Progresso da Ciência (1974) e da Associação para Criação do Parlamento Mundial (1990). Morreu em 24 de julho de 1998, no Rio de Janeiro.
Locais
status legal
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Estruturas internas/genealogia
contexto geral
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